Empregos formais crescem, mas desalento e subocupação ainda preocupam
O crescimento das contratações com carteira assinada em 2024 trouxe um alívio para o mercado de trabalho brasileiro. No entanto, especialistas alertam que, apesar desse avanço, a realidade de muitos trabalhadores ainda é de desalento e subocupação, fenômenos que continuam afetando milhões de brasileiros.
Cenário atual do mercado de trabalho
Segundo os dados mais recentes, o número de empregos formais no Brasil registrou um crescimento significativo em relação ao ano anterior.
No entanto, essa recuperação não foi suficiente para reduzir completamente a precarização do trabalho.
Destaques do mercado de trabalho:
- Aumento de 16,5% no número de empregos formais em 2024, passando de 1,4 milhão para 1,7 milhão de novas vagas.
- O Brasil tem cerca de 3 milhões de pessoas desalentadas, ou seja, que desistiram de procurar emprego por não enxergarem oportunidades viáveis.
- Subocupação em alta: 5,8 milhões de trabalhadores enfrentam essa situação, com salários insuficientes para o sustento básico.
Desafios para os trabalhadores brasileiros
O aumento dos empregos formais é positivo, pois garante acesso a benefícios como 13º salário, FGTS, férias remuneradas e estabilidade financeira.
Entretanto, o crescimento ainda não atinge todas as categorias e não resolve o problema da falta de oportunidades de trabalho de qualidade para muitos brasileiros.
Principais problemas enfrentados:
- Baixos salários e precarização do emprego mesmo dentro da CLT.
- Alguns setores ainda têm altas taxas de informalidade, sem acesso a direitos básicos.
- Falta de investimento em políticas públicas para absorver a população desalentada.
O crescimento do emprego formal não pode mascarar a realidade de milhões de trabalhadores que ainda lutam contra a informalidade, subempregos e condições precárias.
É necessário que políticas públicas sejam fortalecidas para garantir que o trabalho digno seja acessível a todos, com direitos, proteção e oportunidades reais para quem ainda está à margem do mercado formal